MUSEU OLIMPIO BONALD DE BACAMARTE

MUSEU OLIMPIO BONALD DE BACAMARTE
Uma iniciativa da Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo - SOBAC. Para ir pra SOBAC, no www.bacamarteempernambuco.blospot.com , clic na imagem acima

quarta-feira, 31 de maio de 2017

MEMÓRIA DO BACAMARTISMO AGORA TEM SEU ESPAÇO

Retrato de Olimpio Bonald Neto, pintado em acrílica sobre tela
, 50X40cm, pelo bacamarteiro Ivan Marinho.

            Inaugurado em 22 de dezembro de 2016, o Museu Olimpio Bonald de Bacamarte surge como primeiro memorial do gênero. Sesquicentenário, o folguedo, originário e predominante no sertão e agreste pernambucanos, enfrenta inúmeras dificuldades por utilizar armamento de fogo que, apesar de ser considerado obsoleto pela legislação brasileira e de ter sua atuação regulada pelo Exército Brasileiro, ainda causa estranhamento a gestores e militares mal informados.
      A iniciativa da Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo - SOBAC - de criar o Museu do Bacamarte, funciona como uma etapa do plano de popularização e reconhecimento da manifestação na região metropolitana e, institucionalmente, nas instâncias políticas e jurídicas. Esta etapa segue as ações de criação da Federação dos Bacamarteiros do Cabo - FEBAPE - e as discussões com o Ministério da Defesa no sentido de consolidar o arcabouço legal que dá cobertura à prática.
        O Museu define-se, no aspecto museológico, como museu comunitário e seu acervo tem sido constituído progressivamente, a partir de campanha de recolhimento de imagens, objetos e pesquisa direta, de campo. O acervo inicial é formado pelo arquivo criado pela SOBAC, enriquecido pelas doações de Olimpio Bonald Neto que remonta um histórico iniciado na década de vinte, do século passado. As imagens são diversas e, além de bacamarteiros e grupos fundamentais na história do folguedo, permeia elementos diversos de seu sincretismo, como as imagens de Padre Cícero, Frei Damião e os Santos Joaninos, evidenciando a religiosidade matriz da manifestação, Lampião e Maria Bonita, revelando a influência do Cangaço nos trajes e expressões e Luiz Gonzaga, coroando o Forró como gênero adotado pelo senhores do ribombo, como foram alcunhados os bacamarteiros pelo patrono Bonald.
         O Museu conta, também, com uma biblioteca com mais de 700 títulos sobre Cultura Popular e Folclore, doados por Olimpio Bonald (quase a totalidade), por Fátima Parahim e pela Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.
         A solenidade de inauguração do museu contou com a presença de vários representantes do bacamartismo no estado de Pernambuco, como os de Gravatá, Belém de Maria, Abreu e Lima, Moreno, Araçoiaba, Bonito... e do acadêmico Olimpio Bonald Neto e Sua esposa Zenaide, bem como de representantes do poder público municipal, Fundação Joaquim Nabuco, Igreja Católica... e da representante do Núcleo de Estudos do Cangaço da União Brasileira de Escritores, Rosa Bezerra que, na ocasião, no Mercado de Farinha, em frente ao Museu Olimpio Bonald, palestrou sobre a presença das mulheres na Guerra do Paraguai.
         Após o fim do convênio com a Prefeitura do Cabo, as visitações ficaram restritas apenas aos sábados. O projeto de continuidade dos serviços tramita na secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Cabo de Santo Agostinho.
            



Nenhum comentário:

Postar um comentário